sábado, 21 de setembro de 2013

PLANO DE AULA - SOROBAN E OS NÚMEROS DECIMAIS

Segue o plano de aula exigido como avaliação parcial do Curso Melhor Gestão Melhor Ensino

Elaborado por: Ana Paula Paiva.
Escola Estadual Maria Augusta de Ávila
Setembro/ 2013

Soroban e os Números Decimais
Leitura do Soroban

}O ábaco foi criado pelos chineses a milhares de anos e aderido por todo o mundo. É um instrumento o qual facilita o cálculo, formado por fios paralelos com “bolinhas” ou contas deslizantes que, de acordo com sua posição, representam um valor.É dividido em duas partes, onde a primeira possui 4 contas e a segunda apenas 1.O ábaco obteve grande sucesso devido a sua praticidade e rapidez em calcular.

Plano de Aula

}Modalidade/Nível de Ensino: 6  ano do ciclo II
}Componente Curricular: Matemática.
}Tempo previsto: 1 semana
} Temas da aula: As quatro operações básicas (adição,subtração,multiplicação e divisão), utilizando o Ábaco(soroban).
}Conteúdo:números decimais; agrupamento; valor posicional.
}Justificativa: Soroban para realizar cálculos de adição, subtração, multiplicação e divisão dentro do tema da aula.
}Objetivo geral: o uso do soroban nas aulas de matemática competindo com a calculadora.
}Objetivo específico: Ao final da aula espera que o aluno além de conseguir resolver as quatro operações, ele deverá compreender o algoritmo de cada uma.
}Conhecimentos prévios: Para a realização das atividades propostas o aluno deverá possuir, mesmo que superficialmente as quatro operações básicas.
 }Estratégias: Construção e uso de um ábaco (soroban) para representar números na forma decimal.
}Recursos: caixa de papelão, canudos de plásticos ou miçangas, palitos de churrasco, régua, tesoura e data show.
}Avaliação: será feita ao longo da aplicação das atividades.
}Mapa:4 operações da aritmética > informações de dados > reta numérica > números naturais > geometria plana > figuras geométricas dos planos cartesianos > uso de instrumentos para cálculo > soroban > operações aritméticas.

 }Bibliografia: . Caderno do professor – Ensino Fundamental  II, >Anturión, Marília. Conteúdo e metodologia – números e operações. Ed. Scipione; 2 edição > http://www.sorobanbrasil.com.br/materias/soroban tutorial. html.
}Competências e habilidades: compreender a estrutura do sistema decimal e a representação do submúltiplos da unidade; ler e escrever números décimas; representar números decimais no ábaco. 
  •    EXEMPLIFICANDO O SOROBAN... 
Leitura do Soroban
A estrutura do soroban e muito semelhante ao sistema de numeração decimal. Cada haste decimal vertical representa uma casa decimal. As unidades estão representadas no centro, onde aparece o centro. À esquerda, estão localizadas as casas dos múltiplos da unidade(dezena, centena, milhar, etc.) À direita, os submúltiplos ou divisões da unidade (décimos, centésimos, milésimos, etc.) conforme mostra a figura a baixo.




















sábado, 15 de junho de 2013

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
11/7/2006
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta.
A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos.
Nesse processamento do texto, tornam-se imprescindíveis também alguns conhecimentos prévios do leitor: os linguísticos, que correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do que se lê é alcançada, esses diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a leitura é um processo interativo.
Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo Boff,
cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor.
A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamento cognitivo da leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por isso que consegue ser tocado pela leitura.
Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o que afirma Roland Barthes, quando compara o leitor a uma aranha:
[...] o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - nessa textura -, o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua teia.
Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de adquimirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara melhor para atingir às necessidades de um mercado de trabalho exigente -, experimentamos novas experiências, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos leva à reflexão.
E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção. Quando movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de expectativas.
Desse modo, a leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do homem.
Há entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo". Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se.

Maria Carolina
Professora de Língua Portuguesa e Redação do Ensino Médio e Normal

domingo, 9 de junho de 2013

Leitura e Escrita Segundo Paulo Freire

Paulo Freire desenvolveu novo conceito de leitura

e escrita; leia trecho.

Folha Online
"Ler, segundo Freire, não é caminhar sobre as letras, mas interpretar o mundo e poder lançar sua palavra sobre ele, interferir no mundo pela ação", diz o professor e vice-presidente da TV Cultura Fernando José de Almeida, em seu recente livro "Folha Explica: Paulo Freire".
Divulgação


De forma clara e objetiva, o título analisa a vida e a obra desse que é um dos maiores educadores do Brasil, mostra uma reflexão sobre a "pedagogia do oprimido", criada por Freire, e deixa clara a importância mundial de seus projetos político-pedagógicos.
Também destina um capítulo especial com cronologia e as principais obras do educador --que tem obras traduzidas para mais de 20 línguas.
Conheça, no trecho abaixo, os pensamentos de Paulo Freire e seu programa de alfabetização que marcou as quatro últimas décadas do século 20, e que interferiu no mundo da educação em todos os continentes.
Ler o mundo para se libertar
O método criado por Paulo Freire para alfabetização de adultos foi, sem dúvida, sua maior contribuição à educação. Não apenas pela capacidade de alfabetizar em 40 horas. Seu sucesso está marcado pelo fato de ter desenvolvido um novo conceito de leitura - e com ele um novo conceito de escrita. Ler, segundo Freire, não é caminhar sobre as letras, mas interpretar o mundo e poder lançar sua palavra sobre ele, interferir no mundo pela ação. Ler é tomar consciência. A leitura é antes de tudo uma interpretação do mundo em que se vive. Mas não só ler. É também representá-lo pela linguagem escrita. Falar sobre ele, interpretá-lo, escrevê-lo. Ler e escrever, dentro desta perspectiva, é também libertar-se. Leitura e escrita como prática de liberdade.
A escrita é também objeto do pensamento e da vida. O mundo ao sul da linha do Equador é marcado pela oralidade; aqui, a escrita e a leitura são um distintivo de poder. Portanto, a criação de uma política de desenvolvimento de participação do mundo da leitura e da escrita significa redimir as massas excluídas de 500 anos de história. A leitura do mundo antecede a leitura das letras. A leitura assim é um fato político cultural de participação. Desse ponto de vista, um adulto ler frases como "vovó viu a uva" deixou de ser um fato educacional pacífico e virou um absurdo político, já que a frase não tem nenhum significado para o adulto que se alfabetiza. É um desrespeito a ele e o esvazia de sua dimensão cidadã.
Há 60 anos10, havia ainda 50% de analfabetos no país - por absoluta opção política. Dirigentes, classes médias e baixas, clero, latifundiários e minifundiários, políticos, todos achavam que os analfabetos eram uma espécie de praga, uma mancha na cultura nacional. Mais uma vez, a vítima era a culpada. Alguns viam os analfabetos como uma espécie que nasce por acaso e faz parte de um sistema ecológico de equilíbrio social. De lá para cá, houve progresso.
Em 2008, o estado de São Paulo chega ao menor número relativo de analfabetos na sua história: 4%. Pela primeira vez na história, o número de analfabetos maiores de 15 anos começa a diminuir a partir de 2002, chegando a 10 milhões em todo o país. Isso acontece pelo simples fato de que não geramos novos analfabetos, pois todas as crianças estão na escola. Mas o estoque de analfabetos se mantém e este número só abaixará pela morte deles!
Não acabamos ainda com o analfabetismo, embora estejamos acabando com os analfabetos. Todo o trabalho de Paulo Freire, todos os anos de exílio, todos os festejos na sua volta, não ajudaram o país a fazer a lição: dar direito à leitura e à escrita a seus cidadãos. Todos.
Elementos do seu método
O método construído por Paulo Freire a partir de sua prática pedagógica, em articulação com os carentes sociais e culturais de seu estado de Pernambuco, gerou um programa de alfabetização que marcou as quatro últimas décadas do século 20. Pode-se dizer que esse método interferiu no mundo da educação em todos os continentes. Partindo de "temas geradores", o método propiciava uma reflexão do alfabetizando sobre os seus próprios problemas - o que gerava a necessidade de posicionar-se sobre tais questões e de expressá-las em formas próprias de comunicação. Com o método de Freire, os adultos não se sentiam alheios aos temas de sua escrita e a leitura virava um aprofundamento do que já vinham vivendo, em suas experiências como trabalhadores e cidadãos.
Se os temas geradores fossem, digamos, terra, latifúndio, favela, enxada, foice, casa, eram essas as palavras a serem lidas e escritas, com seus significados debatidos. Toda a gama de desmembramento de outras palavras era oriunda dessas sílabas componentes das palavras--temas. FA-VE-LA pode gerar: ve-la, fa-la, la-ve, lu-va, fa-va etc., assim como outras inúmeras composições com seus diversos grupos silábicos, num imenso repertório de possibilidades. Com isso, os jovens ou adultos constroem palavras nascidas de seu repertório "gerador"; e sendo elas debatidas, escritas e faladas, podem transformar as suas realidades pela práxis.
Os problemas de alfabetização não pararam aí: da perspectiva do método, o desafio contemporâneo é continuar a construir, com os leitores-aprendizes, a problematização sobre os temas geradores em cada nova realidade - como no mundo digital, especialmente. Tornado realidade pela reorganização do capitalismo volátil, o mundo digital deve ser também objeto de um novo processo da alfabetização. O mundo digital em nada é menos opressor ou menos desumanizador que o mundo do latifúndio ou da favela. São desafios mais sutis e mais encobertos em aparências de globalização democrática.
Como Paulo Freire pode ser chamado para ajudar a desenhar um método de alfabetização crítico-digital? Para estar neste mundo e poder participar de suas potencialidades é preciso dominá-lo. Este domínio não se dará pelo controle simples de seus manuais de instrução ou pela manipulação de seus teclados e softwares - "caminhar sobre as letras", como dizia Freire. Tal participação demanda um aguçamento do senso crítico, acompanhando a discussão de seus problemas e de suas perspectivas. Este domínio se desenvolve também com a compreensão de seus instrumentais: navegar na internet, trabalhar com um processador para escrever um texto, poder enviar uma mensagem para o outro lado da cidade ou do mundo, criar uma agência de notícias ou editar jornais comunitários, divulgar seu currículo na rede: tudo isso pode ser um caminho freireano de uso crítico e político.
*
"Folha Explica: Paulo Freire"
Autor: Fernando José de Almeida
Editora: Publifolha
Folha de São Paulo -  Domingo 9 de junho de 2013-06-09

sábado, 8 de junho de 2013

DEPOIMENTO SOBRE LEITURA E ESCRITA

Sempre fui impulsionada para este universo mágico da leitura. Extremamente inspirador, meu pai tem orgulho em exibir sua coleção de livros. Eu diria, sem exageros, que ele foi e sempre será meu mestre contador de histórias.
           Quando ele lia para mim, eu me imaginava dentro da história. E isso foi maravilhoso, pois fui despertada naturalmente para este universo colorido. Hoje este gosto desenvolveu-se e  sinto um prazer muito grande em ter a companhia de um livro.
            O primeiro livro que eu li, não contando com os da escola, foi: Olhai os lírios do campo de Érico Verissimo.
             Li muitos livros da Agatha Christie e de alguns autores brasileiros, como Monteiro Lobato. Meus pais me estimularam muito a ler. 
             Sinto saudades dos meus professores, que incentivou o conhecimento da leitura e escrita. Não esqueço, tudo nas salas eram direcionado a leitura. Sempre muito bem enfeitada, limpa e colorida. E a professora, eu sonhava ser como ela quando crescesse. Que saudades daquele tempo...